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Entre um café ou dois

  • Laís Monteiro
  • 4 de ago. de 2017
  • 1 min de leitura

Eu adoro sentir o aroma de café fresco, me lembra que a felicidade é composta de pequenas satisfações.

Entre um ou dois cafés, me recordo de um momento na estrada, quando avistei pela janela do carro uma casinha construída de bambu coberta por lona. No quintal um menino brincava alegre com um avião feito com dois galhos de árvore. A sua felicidade estava ali, naquele avião, que para o resto do mundo pode não ter nenhum valor, mas que era seu avião, talvez fosse tudo que tinha naquele momento. Acredito que a pobreza maior não é a restrição material, mas a falta da capacidade de sonhar, aquele menino era rico. Ali entendi mais um pouco sobre a sacralidade dos momentos. Que a tal felicidade tão ditada, mora na xícara de café, nas páginas do livro que estou ansiosa para terminar, no cheiro de bolo assando, na mensagem de como foi seu dia? Na satisfação de ouvir uma música que toca a alma, no banho quente, no deitar em um lençol limpo, no abraço materno, mora aqui dentro de mim, em tudo que acredito, em tudo que sou, em tudo que faço sagrado.


 
 
 

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